Estes peixes, membros da grande família dos Ostariophysi, são quase todos sul americanos. Há algumas espécies da América Central e da África, mas pouco interessantes para os aquariófilos. O seu tamanho varia muito: desde o pequeno e belo Neon, Hyphessobrycon innesi, de três centímetros de comprimento, até os gigantes Pacus, dos nossos rios, Myletes edulis e ao temido e feroz Lobo de água, Hydrocyon goliath, da África, bichinho de mais de um metro de comprimento.
Pertencendo à família dos Caracinídeos ou Caracídeos, se caracterizam pela presença de dentes nos maxilares e por uma nadadeira adiposa. A sua bexiga natatória se comunica com o esôfago por um canal pneumotóforo. De um modo geral os sexos não são fáceis de distinguir nas espécies desta família, salvo naquelas em que o macho apresenta um pequeno gancho na ponta da nadadeira anal. Não são muito bons reprodutores em aquário, mas algumas espécies têm desovado mercê dos truques e inteligência dos aquaristas, que procuram por todos os meios dar-lhes um ambiente o mais parecido possível com o das suas águas nativas. Quase sempre a desova é feita ao acaso por todo o aquário revelando alguns pais uma especial predileção gastronômica por seus próprios ovos, pelo que convém tê-los sempre bem alimentados nessa época, ou então retirar os reprodutores assim que a desova se efetue.
Quase todos os representantes desta família são de bom caráter e bons companheiros de aquário salvo exceções, como as nossas terríveis piranhas. Nenhum aquarista de bom senso colocaria um exemplar destes perto de espécies bonitas e custosas.
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